domingo, 4 de maio de 2008

Mais de mil pessoas na Marcha da Marijuana - Portugal






Lusa

239 cidades de todo o Mundo puderam hoje assistir à Marcha Global da Marijuana, uma iniciativa que reivindica a legalização da utilização da canábis. Em Portugal, a Marcha passou por Lisboa, Coimbra e Porto, procurando mostrar as vantagens da legalização e normalização do cultivo, venda e consumo da canábis e chamando a atenção para o fracasso do proibicionismo. Em Lisboa, mais de mil pessoas desfilaram entre o Largo do Rato e a Praça do Camões.

“O proibicionismo é uma das piores heranças que herdámos do século XX”, lembrou Luís Mendão, activista ligado à defesa dos direitos dos portadores do HIV. Na mesma linha, o eurodeputado do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, defendeu que se deve “viver com a marijuana na base da liberdade individual” e que “se querem proibir alguma coisa, proibam a guerra”. O professor universitário António Elói também defendeu que “o Estado não é o nosso papá nem a nossa mamã!”.

Antes destas intervenções, o médico Bruno Maia lembrou as importantes vantagens da utilização terapêutica da canábis, de resto já reconhecidas e utilizadas em alguns países. A última intervenção coube a Pedro Pombeiro, em representação da Comissão Organizadora da Marcha, que defendeu que “uma sociedade informada para lidar com substâncias que podem causar dependência é uma sociedade melhor preparada para lidar com a realidade”.

Pombeiro lembrou ainda que só uma boa informação permite conhecer as vantagens e desvantagens do consumo destas substâncias e salientou que a legalização do comércio de canábis traria vantagens fiscais para o Estado e eliminaria importantes problemas judiciais, já que a maioria das detenções e condenações associadas a estupefacientes estão relacionadas com o consumo de canábis.

Em Lisboa, a Marcha foi organizada pela COM.Maria, uma “plataforma apartidária e não-violenta de cidadãos conscientes, informados e, por isso mesmo, preocupados, que dispensa um Estado paternalista que imponha o que podemos ou não consumir com base em teorias obsoletas e tendenciosas e em acções de uma ineficácia mais do que comprovada”.

Fonte: http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=6697&Itemid=1

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